Vício em videogames e o Transtorno de Déficit de Atenção

A Organização Mundial de Saúde acrescentou o Transtorno dos Jogos Eletrônicos como uma doença mental, a compulsão obsessiva em videogames foi reconhecida como uma preocupação internacional de saúde pública.

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15 de agosto de 2018

A gravidade do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está associada com o vício em videogames. É isso mesmo!

Esta conclusão veio a partir de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos.

Além disso, o estudo descobriu que o risco de dependência existia independentemente do tipo de videogame jogado ou preferido.

“Pessoas com sintomas mais graves de TDAH podem ter maior risco de desenvolver hábitos de jogos problemáticos”, afirma Holly E. R. Morrell, professora associada da Escola de Saúde Comportamental da Universidade de Loma Linda e principal pesquisadora do estudo.

Coincidentemente, a investigação veio a público dias após a compulsão obsessiva em videogames ser reconhecida como uma preocupação internacional de saúde pública.

No caso, a Organização Mundial de Saúde acrescentou o Transtorno dos Jogos Eletrônicos (tradução livre de “gaming disorder”) à 11ª edição de sua Classificação Internacional de Doenças, publicada em 18 de junho de 2018.

Vício em videogames

A pesquisadora comenta que, em estudos anteriores, 23% das pessoas que jogam videogame relatam sintomas de dependência.

Por conta deste vício, efeitos negativos na saúde, no bem-estar, no sono, nos estudos e na interação social podem ser uma realidade para o jogador.

A saber, na pesquisa da Universidade de Loma Linda, o número de horas jogando videogames foi associado à gravidade do vício, enquanto a idade não foi destacada como um fator.

Além disso, os homens relataram maior gravidade do vício do que as mulheres. A pesquisadora e sua equipe acompanharam cerca de três mil jogadores de videogame com idades entre 18 e 57 anos.

Por fim, com base em outros estudos já realizado, os pesquisadores também descrevem que problemas de saúde física e mental, assim como de funcionamento social e ocupacional também associados ao vício em videogames.

JANELLE RINGER, Loma Linda University Health News

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