Uma das doenças autoimunes que atinge principalmente as mulheres é o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ou apenas lúpus.
Já que é uma doença autoimune, ela faz com que as células de defesa do corpo ataquem as células saudáveis. É como se as tropas de um país atacassem o próprio território.
Assim, o corpo recebe um bombardeio, o que provoca inflamações em diversos órgãos. Por isso, o lúpus é uma doença sistêmica!
Por mais que sua causa é devido a muitos fatores, a genética e o ambiente desempenham um papel predominante.
Assim, sua expressão difere de um paciente para o outro, com manifestações clínicas muito variáveis.
Logo, o lúpus pode provocar inflamações em articulações (juntas), pele, olhos, rins, cérebro, coração e pulmões.
Mas, o lúpus é comumente reconhecido pelas lesões dermatológicas causadas na pele dos pacientes, principalmente na área do rosto. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, são manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, que lembram a asa de uma borboleta.
Vale ressaltar que o lúpus não é contagioso! Ou seja, a doença não transmite de uma pessoa para outra.
Na verdade, a pessoa já nasce com a predisposição para a doença e, durante o decorrer da vida, por algum gatilho como uma infecção intensa, trauma, uso de algum medicamento ou, devido à exposição exagerada ao sol, a doença pode se manifestar.
Quem tem mais chances de desenvolver a doença?
Anteriormente, citamos que o ambiente e o estilo de vida são fatores que influenciem no desenvolvimento do lúpus.
Mas vários estudos mostram que cerca de 90% das pessoas com lúpus são mulheres, e 54% têm história familiar. Além disso, a doença costuma atingir mulheres jovens: a faixa etária fica entre 20 e 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Inclusive, os sintomas têm uma tendência de aparecerem desde o nascimento. E podem ocorrer por vários motivos, mas também por aspectos hormonais em mulheres.
Quais são os sintomas do lúpus?
Embora muitas pessoas levem uma vida normal, mesmo convivendo com a doença, os sintomas do LES podem afetar a qualidade de vida do paciente. Tudo vai depender da fase de atividade ou remissão da doença.
Aliás, a apresentação da doença é variável. Em alguns casos é muito superficial, enquanto em outros pode ser mais grave. Ainda assim, existem alguns sintomas mais comuns, que incluem:
- Febre acima de 37,5ºC;
- Manchas vermelhas na pele, especialmente no rosto e outros locais expostos ao sol;
- Emagrecimento;
- Perda de apetite;
- Dor muscular e rigidez;
- Inchaço e dor nas articulações;
- Queda de cabelo;
- Sensibilidade à luz;
- Cansaço excessivo.
A fadiga, anorexia e perda de peso são sintomas frequentes no quadro clínico inicial do lúpus. Enquanto a febre pode estar presente tanto no início como durante o curso da doença.
No caso, a maioria dos pacientes apresenta algum sintoma muscular ou nas articulações, caracterizado por dores ou inchaços, principalmente nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, além de rigidez matinal.
As lesões de pele e mucosas aparecem em 80% dos pacientes, que se manifestam na forma de aftas, erupção malar ou asa de borboleta na região da pele que cobre nariz e bochechas, nódulos subcutâneos) .
Por ser uma doença crônica, existem períodos de crise da doença e períodos de remissões. Alguns são os fatores que aumentam a reativação da doença. Por exemplo exposição solar, infecções, situações de estresse e gravidez.
E como saber se é lúpus ou não?
Com toda certeza, nem toda dor muscular ou na articulação significa que uma pessoa tem LES. Por isso, uma investigação deve ser feita antes de qualquer diagnóstico.
Essa avaliação é feita por um médico, com base nos sintomas típicos. Fora isso, exames de urina e sangue também são úteis na investigação.
Na verdade, não há um exame específico para diagnosticar o LES. Por isso, na busca pelo diagnóstico, o médico usará um conjunto de procedimentos que vão apontar se a doença está ativa ou não no paciente.
Lúpus tem cura?
Infelizmente, não há cura para o lúpus. Mas a excelente notícia ´é que existe alguns tratamentos, indicados pelo reumatologista, que ajudam a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de quem possui a doença.
Por exemplo, remédios como anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores são alguns usados como base para o tratamento.
Nos últimos anos, os casos de lúpus tem aumentado. Ao mesmo tempo, tem surgido novas técnicas mais eficientes de diagnóstico e o desenvolvimento de novos tratamentos que possibilitam melhora na qualidade de vida de quem convive com o problema.
Alimentação saudável pode ajudar no controle
Por fim, é muito importante que a pessoa com lúpus, adote uma alimentação anti-inflamatória, pois dessa forma será possível prevenir o aparecimento dos sintomas ou, até mesmo, diminuir a sua intensidade.
Ou seja, quem possui a doença (e quem quer ficar longe dela) deve evitar alimentos industrializados e aumentar o consumo de fibras, frutas e vegetais.
Para potencializar a dieta contra o LES, é recomendado aumentar o consumo de alimentos ricos em antioxidantes como:
- Cúrcuma (açafrão)
- Aveia
- Azeite
- Alho
- Cebola
- Brócolis
- Abacate
- Tomate
- Frutas cítricas e vermelhas
- Linhaça
- Semente de abóbora, gergelim
- Suco de uva integral
Identificou algum sintoma em você? Então procure um médico! E se você conhece alguém com queixas que citamos, compartilhe este artigo!
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