O nome pode parecer complicado, mas, infelizmente, os efeitos da síndrome de burnout e seus desdobramentos já afeta mas de 30 milhões de profissionais brasileiros.
No caso, esta síndrome está ligada diretamente ao ambiente de trabalho e não deve ser confundida com o estresse cotidiano.
E curiosamente, esta síndrome atinge até mesmo o profissional mais realizado.
Com isso, o emprego dos sonhos ou a posição que requereu esforços para ser alcançada, torna-se a razão para o adoecimento mental.
Síndrome de burnout: sintomas
Bom, o comportamento frente as situações de trabalho vão dizer se as coisas andam bem ou não.
Por exemplo, se a apatia e o desânimo tomaram o lugar da realização e satisfação profissional, provavelmente alguma coisa não está bem.
Se antes existia motivação, envolvimento e sensação de propósito no trabalho, mas hoje a rotina profissional causa repulsa e até sintomas físicos – como enjoo, dor de barriga e dores – tudo isso pode caracterizar a síndrome de burnout.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout é uma síndrome crônica ligada ao ambiente de trabalho, resultado do estresse crônico gerado neste mesmo ambiente e que não foi gerenciado com sucesso.
Resumidamente, a síndrome de burnout é caracterizada por três dimensões. A primeira delas é a falta de energia ou exaustão no ambiente de trabalho.
Em segundo lugar, o burnout promove aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, sentimentos negativos ou cínicos quanto ao trabalho.
Por último, esta síndrome crônica diminui a eficiência profissional do trabalhador. Ou seja, quem está doente não entrega bons resultados profissionais.
Como sair do burnout?
Se você reconheceu os sintomas mencionados acima, saiba é possível sair desta situação e voltar a ser um profissional feliz e realizado.
Mas, se o burnout não é uma realidade na sua vida, saiba O QUE FAZER para não ser atingido por este problema que não escolhe profissão.
Primeiro passo: prevenção
Primeiro passo, você deve saber que ninguém está isento de sofrer a síndrome de burnout. Para evitar isso, pise no freio ao perceber o surgimento da pressão e insatisfação.
Além disso, não leve trabalho pra casa. Não resolva problemas do trabalho por telefone ou e-mail ao terminar sua jornada.
Se for necessário, tenha duas linhas telefônicas: uma profissional e outra pessoal.
Outra dica importante: faça exercícios ao ar livre! Oxigene o cérebro, admire a natureza e leve sua mente para outros caminhos além do trabalho.
Também cuide das suas horas de sono. Procure dormir cedo! Para o melhor descanso, deixe o celular de lado pelo menos uma hora antes de deitar.
Fora isso, mantenha uma dieta equilibrada e se alimente em horários regulares. Se possível, evite comer no local de trabalho!
Por fim, tenha uma vida social fora do trabalho faz muito bem para a saúde. E escolha um dia da semana para desconectar de tudo e recarregar as forças. Um dia de descanso!
Segundo passo: recuperação
Saiba que, se você se identificou com os sintomas de burnout, pode precisar de ajuda profissional para se recuperar. E não há nada de errado nisso.
Primeiro, faça um check-up médico orientado por um profissional para identificar até que ponto o estresse no trabalho afetou sua saúde física. Assim, soluções de tratamento serão mais assertivas.
Segundo, a terapia psicológica é uma excelente ferramenta para ajudar a entender o que está acontecendo e, assim, promover uma reconfiguração na mente quanto ao trabalho.
Terceiro, deixe os preconceitos de lado e, se for necessário, consulte um psiquiatra para saber se há necessidade do uso de medicação para o controle da depressão e ansiedade.
Por último, leve as 8 atitudes de saúde (água, ar puro, exposição ao sol, exercícios físicos, alimetação saudável, descanso, equilíbrio e confiança em Deus) muito a sério! Isso ajudará no retorno para uma vida plena e feliz.
Burnout tem cura!
De fato, o ambiente profissional é cheio de pressões e está cada vez mais competitivo.
Mas manter o equilíbrio em todas as áreas da vida é a chave para o sucesso. A saúde é o bem mais precioso. Nenhuma promoção vale este preço!
Então, se você chegou ao ponto da exaustão, recomeçar de uma maneira saudável e equilibrada é o melhor passo.
Curiosamente, o desgaste do trabalho não é algo novo. E quem prova isso é o sábio Salomão:
“Vaidade de vaidades, disse o Pregador, vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Que lucro o homem obtém de todo o trabalho com o qual trabalha sob o sol? (Eclesiastes 1: 2, 3)
Aparentemente, chegou um momento em que o homem mais sábio de todos os tempos também considerou o desejo do trabalho algo sem sentido.
Na realidade, não é fácil dizer não ao trabalho e suas pressões. Mas o equilíbrio nesta área da vida trará satisfação, crescimento e felicidade de forma plena e duradoura.
*Lorena Burgos Bishop, psicóloga
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